segunda-feira, 15 de julho de 2013

Carnavalesco
Anderson Paulino

É o responsável pela concepção do desfile. Em algumas escolas é também o responsável pela escolha do enredo. Em outras, parte de um enredo previamente escolhido e desenvolve sua expressão visual. Ao longo do processo de preparação do desfile, costuma assumir também a responsabilidade de coordenar os trabalhos do barracão. A rigor, seu trabalho termina no momento em que a escola entra na avenida. Muitos carnavalescos, porém, são figuras carismáticas, exercendo forte liderança sobre a escola, a ponto de assumir, durante o desfile, a função de "regente" da orquestra.


É quase impossível estabelecer um significador comum para todos os carnavalescos. No caso do carnavalesco-cenógrafo, normalmente oriundo do meio teatral e cujo trabalho concentra-se na concepção plástica de fantasias, carros alegóricos e adereços, pode-se pensar numa tripla regência Netuno-Mercúrio-Vênus. Temos aí o artista que cria ilusões visuais, que transforma materiais baratos em fantasias opulentas, que responde, enfim, ao arquétipo da estesia visual representado por Netuno em Gêmeos no Ascendente do Rio de Janeiro em quadratura com a Lua em Peixes. Nesta categoria, podem ser enquadrados o pioneiro Arlindo Rodrigues e seus seguidores Nilson Lage (Mocidade Independente) e Rosa Magalhães (Imperatriz Leopoldinense).

Já no carnavalesco-carismático, estilo Joãosinho Trinta, que se comporta antes de tudo como o diretor geral do espetáculo e criador de conceitos impactantes, vemos em pleno funcionamento a conjunção Sol-Plutão em Peixes no MC do Rio de Janeiro, com tudo o que significa em termos de controle, exercício de poder e afirmação ditatorial da própria genialidade.

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