domingo, 27 de março de 2011

CASAIS DE MESTRE SALAS E PORTAS BANDEIRA DE BÁRBARA......

Vamos entender a origem da dança do Mestre Sala e da Porta Bandeira.
Da junção, num primeiro momento, dos povos formadores da nossa nação: índios, portugueses e negros, iniciou-se desde então a este período de “colonização” a choques étnicos culturais,e desta mescla de conflitos de religião, costumes, conduta e formação social, é que devemos o Brasil de hoje.
Na dança, na música, na pintura, enfim, em todas as formas de arte brasileira encontramos o traço destes povos sensivelmente inseridos.
Na música, nas melodias trazidas da Europa, na percussão, nas entoadas dos índios, nas curimbas e percussão do negro devemos a formação do nosso ritmo mais conhecido, tanto no Brasil, como no mundo: O SAMBA.
Nas manifestações populares o samba contribuiu para outra paixão ncional, na formação e na origem do CARNAVAL que conhecemos hoje. Pois é sem dúvida alguma, a nossa identidade mais forte, em se tratando de Brasil, como para o mundo todo.
O ambiente formador do carnaval são as ESCOLAS DE SAMBA, mais do que um ambiente a Escola de Samba é um modelo social. A interação entre seus componentes parte apenas da vontade de se divertir, cantando e dançando. Não existe um padrão hierárquico social: o indivíduo se distingue por ter mais ou menos habilidade para dançar, cantar ou tocar algum instrumento. As pessoas dos mais diferentes níveis, universitários ou com apenas a educação elementar encontram-se com empresários, médicos e tantos outros, em uma grande salada.
À semelhança do que acontece com os times de futebol, as Escolas de Samba contam com grandes torcidas, e, como eles, possuem cores específicas.
Escola de Samba na verdade é uma espécie de clube, cujo objetivo principal é o desfile de carnaval. A escola possui dois lugares distintos: a quadra(sede) e o barracão. Na quadra acontecem as disputas para a escolha do samba enredo, é onde se fazem os ensaios, quando os componentes aprendem o samba e dançam. O barracão é o lugar onde se prepara o desfile para o carnaval.
Na Escola de Samba, assim como no Brasil, não se define um tipo para o brasileiro, não há como definir uma categoria social ou racial específica, podendo parecer japonês, alemão, árabe, português, africano, índio, italiano, ou a mistura de dois ou três deles, do mesmo modo, o freqüentador da Escola de Samba não pode ser definido.
Talvez seja a mais perfeita integração entre as diversas camadas sociais da população. O que vale é o talento, talento para dançar, cantar, evoluir, em uma grande tenacidade para ganhar o campeonato.
No carnaval, dentro desta manifestação considerada a maior do mundo, o maior teatro à céu aberto, ou ainda o maior espetáculo da terra, este por sua vez possui algumas particularidades como data certa para acontecer. Neste período há desfiles promovidos por uma ou mais escola de samba, cada uma destas escolas com uma comunidade própria. Dentro destas comunidades podemos destacar algumas figuras importantes para que aconteça estes espetáculos em forma de desfile como: COMISSÃO DE FRENTE, PORTA ESTANDARTE, O INTÉRPRETE(cantor), ALEGORIAS, ALA DE BAIANAS, BATERIA, ALAS, PASSISTAS e o CASAL DE MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA.
Todos eles possuem importância vital para cada Escola de Samba.
Mas o casal que porta a bandeira símbolo de cada uma possui uma especialidade a parte. Pois , pensem ,se o Brasil fosse uma “Grande Escola de Samba”, como referenciaríamos o casal que carregasse o nosso símbolo maior?
Sem duvida eles são a essência das agremiações que representam.

Vejamos o que a consagradíssima carnavalesca da Imperatriz Leopoldinense do Rio de Janeiro, Rosa Magalhães escreveu em seu livro “FAZENDO O CARNAVAL” sobre a dupla de Mestre Sala e Porta Bandeira:

“ A parte mais representativa da Escola de Samba é o casal de Mestre Sala e Porta Bandeira. Tem a grande responsabilidade de representar o conjunto de todos os participantes. Eles são a essência mesmo da Escola, a raiz mais compacta de uma entidade carnavalesca.
A bandeira de cada agremiação tem tanta importância que se costuma beijar sua borda, oferecida pelo Mestre Sala quando se é uma visita ou em sinal de respeito. Existe todo um cerimonial que envolve a bandeira e o casal.
Cada uma destas bandeiras tem um desenho próprio e as cores são sempre as da escola, e essa decoração também possui simbologias.
A dança é muito importante. O Mestre Sala executa uma coreografia com duas finalidades: cativa a Porta Bandeira e ao mesmo tempo protege o pavilhão que ela carrega. Os trajes podem ser alusivos ao enredo ou tradicionais como as damas da corte de Luís XV. A Porta Bandeira sobretudo, deve estar muito bem vestida, inclusive por que o julgamento tem-se em conta não só a dança como o traje. Não há o que inovar neste setor.”



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